O projeto catarinense “Releituras – Livro acessível” teve participação no programa Caldeirão do Huck através do quatro “The Wall”, buscando recursos para a realização da montagem de um estúdio de gravação. No programa, os professores Maria de Fátima Medeiros e Júlio Cesar responderam a uma série de perguntas de conhecimentos gerais, conquistando uma quantia de R$ 37.124,00.
A iniciativa visa desenvolver ações que promovam acessibilidade e inclusão social a pessoas cegas ou de pouca visão, contribuindo também com pessoas com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA), dislexia, pacientes de hospitais, idosos, analfabetos e analfabetos funcionais ou simplesmente pessoas que gostam de ouvir audiolivros.
São realizadas gravações e interpretações de audiolivros didáticos e de literatura, em formato de radionovela. O projeto tem atualmente 172 voluntários, destes, 35 realizam as gravações, que são disponibilizadas gratuitamente para smartphones, programas de rádio e no site do programa.
“Futuramente a ideia é criar um aplicativo para que as pessoas possam ter o direito de acessar os audiolivros de qualquer lugar”, afirma Maria de Fátima, idealizadora do projeto.
Além do estúdio de gravação, Maria planeja ampliar a acessibilidade nas escolas através da formação de multiplicadores. A ação ainda está em desenvolvimento e deve ser implementada em escolas da Grande Florianópolis e em unidades do projeto Bairro Educador, na capital, nos próximos meses.
Mentorias
O projeto Releituras participou, no ano passado, do Conexxão de Impacto, programa de desenvolvimento de negócios de impacto socioambiental do Instituto Nexxera, e contou com 6 meses de mentoria gratuita para desenvolver a iniciativa e ampliar a atuação do projeto.
Maria comenta: “Antes das mentorias eu não tinha um olhar para a liderança e gestão. Por meio das mentorias com o professor Geraldo Campos, foi possível ainda perceber que o projeto poderia atender pessoas cegas e com baixa visão e também incluir outras tipos de pessoas com necessidades especiais”.
Apesar do valor arrecadado não ser suficiente para implantar tudo o que Maria de Fátima planeja para o projeto, ela está aproveitando a oportunidade para mobilizar mais recursos e parcerias. “Depois da nossa participação no Caldeirão do Huck estamos recebendo o contato de voluntários em todo o Brasil, já temos cerca de 300 pessoas se candidatando para apoiar o projeto”, conta.