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Artigo: Estímulo Criativo – Por Mário Slomp Filho
31 de Julho de 2015

Artigo: Estímulo Criativo – Por Mário Slomp Filho

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Por Mário Slomp Filho*

Processo criativo é algo muito particular. O que funciona bem para uma pessoa pode não dar tão certo assim para outra. De maneira geral, percebo muitos criativos começarem o trabalho com a busca de referências na internet. E não há nada de errado com isso, na web existem ótimos sites de design e propaganda que ajudam a abrir a mente.

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O que me chama a atenção, é que embora eles sejam estimulantes, esses sites são também uma referência de tudo aquilo que já foi feito, e a meu ver, não deveriam ser a única fonte de estímulo para a criação.

O mundo ao nosso redor está repleto de fontes de inspiração. Somos nós que estamos cegos, distraídos em nossas rotinas. Mas se começarmos a reparar, é possível ver texturas interessantes em meio a destroços de uma construção, combinações de cores que não havíamos pensado antes, perceber a arte que há no grafite dos muros, o jeito das pessoas se expressarem, enfim, tudo isso pode servir de ponto de partida para algo novo.

Com um pouco mais de disposição, pode-se buscar a inspiração em grandes artistas do passado. Seja através dos livros, ao visitar museus, ou até mesmo pela habitual internet. Cada período, cada movimento tem características próprias, e uma delas pode ser o norte para o nosso próximo trabalho: desde a pop arte de Andy Warhol, até a abstração de Kandinsky. O tratamento de uma foto, por exemplo, poderia se deixar levar pelas sombras e pela dramaticidade de Caravaggio.

Além de alimentar-se com bons estímulos, existem outros hábitos que também ajudam a melhorar o processo criativo. Um deles é o de começar a esboçar as ideias primeiro no papel. O computador é ótimo, é uma bela ferramenta, mas no momento de criar, ela traz uma série de recursos como degradés e efeitos que acabam distraindo o foco do principal: a ideia. No papel é apenas você, um lápis e a folha em branco. Não tem para onde fugir.

O fato de começar o trabalho no papel não exige, necessariamente, que o criativo saiba desenhar. Trata-se apenas de expressar uma ideia. O interessante deste hábito, é que no final de tudo se tem um registro de como a peça evoluiu ao longo do processo. Como já foi comentado no início deste texto, criar é algo muito particular e é possível que nada do que foi sugerido funcione para você. Mas com certeza vale a pena tentar. 

 

*Mário Slomp Filho é designer e Diretor de Criação da agência Propaga, em Itajaí.

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