Há algum tempo estamos sendo alertados que se as pessoas continuarem a consumir na mesma proporção em que vêm fazendo nas últimas décadas, e ainda com a entrada da China nas maravilhas do mundo do consumo, seria preciso pelo menos três planetas iguais à Terra para suprir nossas necessidades.
Para o bem da Terra e de nossa tripulação, acaba de surgir um novo conceito de consumo, que engloba sustentabilidade, desapego e valorização do usado. É o recommerce. Funciona assim: empresas do mundo inteiro estão dando descontos para o consumidor que levar à loja o produto usado, na compra de um novo. Do tênis ao capacete, passando pela calça jeans, é possível praticar o recommerce. Alguns produtos arrecadados são retrabalhados e doados para instituições beneficentes.
Veja a ação da Adidas, nas Filipinas: https://www.facebook.com/note.php?note_id=470703921868
Claro que a moda de vender produtos usados não é nova. O que mudou foram as categorias de produtos que passam a se valer dessa prática e, acima de tudo, a entrada de marcas tradicionais neste jogo. O recommerce tem sido muito bem aceito e ganha eco na Europa e Estados Unidos devido a uma conjunção de fatores. Primeiro, o econômico: o dinheiro está escasso. Segundo, o fator ambiental: o que fazer e como descartar tanto produto novo que cai em desuso em menos de seis meses? Por último, temos o conceito social: muitos dos produtos arrecadados são doados a instituições de caridade.
Sem dúvida, as redes sociais com seu “compartilhar” têm mudado bastante a cara do consumo. Hoje podemos rastrear produtos desde a sua fase de produção até a entrega em casa. Mais do que isso, é possível postar nossa opinião sobre o que foi adquirido. Produto ruim tem vida curta, mas deixa longas pegadas negativas na rede. Produtos bons passam a ter vida ainda mais longa, chegando a ser recomprados. Está na hora de rever os conceitos? Então recompra.
