Olá! É um prazer começar a trocar idéias com você, no Acontecendo Aqui.
Vamos conversar sobre planejamento de comunicação e marketing, sempre procurando o debate saudável e contribuir para que nosso mercado evolua na direção das novas realidades que batem à nossa porta.
E para isso, vou contar uma pequena história que vivi há poucos dias, durante uma viagem ao exterior.
Estava sozinho em um restaurante, e como todo curioso, comecei a prestar atenção na conversa da mesa ao lado (em certos restaurantes lá fora, as mesas são realmente pequenas e próximas umas das outras), até porque tive a impressão de reconhecer uma das duas pessoas que ali conversavam.
Dito e feito, naquela mesa ao lado da minha, discutiam projetos de filmes, um ator de Hollywood (tenho quase certeza que era um dos bandidos de um dos filmes do Homem-Aranha…) e um produtor internacional de cinema.
A conversa andava por vários caminhos, idéias e roteiros, até que o produtor comentou que estava filmando uma série no Brasil. Opa! Antenas levantadas…
Resumindo, o produtor comentou que a experiência de trabalhar com brasileiros era inusitada. As pessoas eram incríveis, amistosas, faziam o possível para deixá-lo feliz. Uma imagem muito positiva.
Mas o projeto andava devagar. Prazos não eram respeitados, orçamentos eram explodidos sem a menor cerimônia.
Chegou ao ponto de dizer, em tradução livre que ele estava “com medo de começar a se sentir gostando de ser estuprado” (palavras dele…).
Não pude deixar, nesse momento, de resgatar um pensamento que muitas vezes surgiu enquanto trabalhava com empresas de todos os portes e em vários segmentos aqui no nosso Brasil.
Nossa índole costumeiramente faz com que os negócios sejam travados em ambiente muito cordial, gostamos de ser “amigos”, “parceiros” dos nossos clientes e ficamos pessoalmente ofendidos quando algo sai errado e somos cobrados com severidade, afinal, como aquelas pessoas que tratamos tão bem podem ser tão duras com a gente?
As empresas desenvolvem uma justificada preocupação com a imagem da marca e de seus produtos, e esta preocupação consome muito dinheiro.
Costumo dizer que a imagem é um produto que pode ser comprado no atacado, através da competência na comunicação, above e below the line.
E posso dizer, sem medo de errar, que até por nossas características como povo e pelo desenvolvimento da indústria da comunicação de marketing, somos dos mais competentes nesta tarefa.
A reputação, entretanto, é um artigo adquirido no varejo. Negócio a negócio, venda a venda.
E temos muito que aprender na gestão da reputação de nossos negócios, até porque essa é uma variável que pode e deve ser medida, controlada e desenvolvida.
Para o bem das nossas empresas, que cada vez mais buscam se internacionalizar e competir em mercados onde a turma pode não ser tão simpática, mas paga muito bem pelo que exige.
Vamos voltar a falar sobre isso nos nossos próximos encontros.
Um grande abraço!