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Coluna Carlo Manfroi | Por dentro da Campus Party Brasil, a maior experiência tecnológica do mundo
01 de Fevereiro de 2018

Coluna Carlo Manfroi | Por dentro da Campus Party Brasil, a maior experiência tecnológica do mundo

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Por Carlo Manfroi 01 de Fevereiro de 2018 | Atualizado 01 de Fevereiro de 2018

 

Estou de volta ao acampamento contagiante – e insano – da Campus Party Brasil, em São Paulo. Aqui tudo começa com um Ooooooh, o grito universal da Campus Party.
Ao chegar ao Anhembi, minha memória denunciou: eu conhecia aquele grito de algum lugar, aquilo era familiar. Era da outra Campus Party que havia participado, em 2010. O grito em onda, Oooooooooh, é uma marca registrada do evento. Serve pra tudo: de acordar a galera e vibrar com uma grande conquista em um desafio a substituir as palmas após uma palestra.

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Cidade de 8 mil pessoas
Na cerimônia de abertura, o presidente do Instituto Campus Party, Francesco Farruggia, revelou alguns números superlativos do evento. São 8.000 campuseiros com 49 gigabytes de intranet disponível (o equivalente à cidade de Belo Horizonte) distribuídos nos 37.000 m2 do Anhembi. Tem arenas e palcos para debater de blockchain à neurociência e cyborgs, produção de conteúdo, plataformas digitais, APPs, games, criatividade, drones e uma infinidade de assuntos e temas.

 

A neurorevolução é agora
Após a inauguração assisti à palestra de Greg Gage, neurocientista e engenheiro elétrico, CEO da Backyard Brains. Greg falou sobre neurociência e o sistema elétrico do corpo. Mais do que isso, fez uma palestra cativante e interativa. Usando uma barata viva como cobaia, apresentou um estudo de caso de estímulos e ondas cerebrais. A barata foi anestesiada com água gelada e teve sua pata amputada – voluntários da plateia fizeram o serviço. Depois Greg mediu os estímulos que a pata envia à barata, mostrando suas ondas em gráficos no iPad.

 

Nunca pensei que teria pena de uma barata
Em um vídeo, apresentou o projeto pronto onde a barata, com um pequeno “chip-mochila” preso às costas, podia ter sua direção comandada através de um aplicativo no celular. Ele mexia na antena da barata em um desenho no aplicativo e ela ia para a esquerda ou direita, conforme a antena que fosse tocada. Parecia um robô teleguiado, deu até pena ver o inseto sendo dirigido por dedos em um aplicativo. 

 

Cobaias humanas
Depois Greg chamou voluntários para uma experiência ao vivo no palco. Torci para que ele não repetisse o que fez com a barata, mas foi tudo bem, não cortou as pernas dos campuseiros-cobaias. Até porque, segundo ele, na barata a pata se regenera.
Greg colocou eletrodos no braço esquerdo de uma mulher e conectou-os a uma interface ligada a um iPad. Quando ela levantava o braço, a corrente de energia medida no iPad aumentava. Então Greg colocou eletrodos no braço de um rapaz e ligou-os à mesma interface da mulher. Cada vez que ela levantava o braço, o braço do rapaz também fazia o movimento de forma simultânea. Assista ao vídeo com a experiência:

 

O exercício foi apenas um aquecimento do que teremos nas oficinas hands on sobre cyborgs, controle da mente humana e a revolução na neurociência.

A Campus Party recém começou e já dá uma ideia deste futuro-presente nesta grande transição que estamos vivendo na tecnologia, comunicação e energia. Revolucionando os meios de produção, entregas e mexendo com o propósito e a ocupação das pessoas no planeta, a constante hoje é a mudança.

Homenagem
Faço aqui uma homenagem ao colega, amigo e colaborador da Qualé, Guilherme Goulart, que esteve comigo na Campus Party 2010 e que infelizmente não está mais entre nós. Valeu a parceria, Gui!

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